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Quem foi Karen Jones?

A mulher que ensinou as máquinas a ler!


Figura 1: Karen Spärck Jones

Fonte: Mulheres con ciencia.

No coração de cada busca que feita na internet: desde encontrar uma receita até pesquisar um trabalho acadêmico, está a genialidade de uma mulher que ajudou a ensinar as máquinas a entenderem a linguagem humana: Karen Spärck Jones (1935-2007).Uma cientista da computação britânica e uma das figuras mais influentes na área de Processamento de Linguagem Natural (PLN), o campo que ensina as máquinas a compreenderem a linguagem humana.

Figura 2: Karen Spärck Jones Jovem

Fonte: Médium.

Primeira ganhadora mulher da medalha Lovelace da Sociedade Britânica de Computação em 2007, Karen Ida Boalth Spärck Jones nasceu em 26 de agosto 💜 de 1935 e morreu em abril de 2007.

Nascida em Yorkshire, Inglaterra, diferente de muitos cientistas, Karen não seguiu um caminho tradicional para a computação. Sua formação inicial era em história e filosofia, mas sua curiosidade e intelecto a levou para o campo da tecnologia da informação em uma época em que ele era amplamente dominado por homens.

Neste contexto, a sua contribuição mais revolucionária foi a criação do conceito de Frequência Inversa de Documentos (IDF - Inverse Document Frequency) em 1972. Antes dela, os sistemas de busca simplesmente contavam quantas vezes uma palavra aparecia em um texto (TF - Term Frequency) para determinar sua relevância. O problema é que palavras comuns como "o", "a", "de" apareciam com muita frequência, mas não diziam nada sobre o conteúdo principal do documento. Assim, a genialidade de Karen foi perceber que as palavras mais raras e específicas eram, na verdade, as mais importantes. O IDF funciona como um peso: quanto mais raro for um termo em um grande conjunto de documentos, maior será seu valor. Ao combinar a contagem de palavras (TF) com a raridade delas (IDF), ela criou a base do algoritmo TF-IDF, uma fórmula que transformou a busca de informações e se tornou a espinha dorsal dos mecanismos de busca modernos por décadas.

Figura 3: Representação Feminina

Fonte: Woman who Code - X.

Além de seu legado técnico, Karen Spärck Jones era uma forte defensora da inclusão de mulheres na ciência e tecnologia. Com sua famosa frase, "A computação é importante demais para ser deixada para os homens", ela inspirou gerações de mulheres a seguir carreira na área. Seu trabalho não apenas moldou a forma como interagimos com a informação hoje, mas também abriu portas para um futuro mais diverso e inovador na tecnologia.

Premiações

  • Gerard Salton Award (1988)
  • ASIS&T Award of Merit (2002)
  • ACL Lifetime Achievement Award (2004)
  • BCS Lovelace Medal (2007)
  • ACM — AAAI Allen Newell Award (2006)

Aqui há também uma intrevista em que a Karen Jones conta um pouco da sua história: Oral-History:Karen Spärck Jones

Referências Bibliográficas

  1. NAVARRO, Beatriz. Karen Spärck Jones. Medium, 2020. Disponível em: https://beatriznavarro.medium.com/karen-sp%C3%A4rck-jones-4f146d8b23b. Acesso em: 27 set. 2025.

  2. JONES, Karen Spärck. Finding the information wood in Natural Language Trees lecture. [S. l.: s. n.], 2007. 1 vídeo (49 min). Publicado pelo canal Talks at Cambridge. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5fYeKiebpuo. Acesso em: 27 set. 2025.

  3. EXTREME NETWORKS. Women Who Changed Tech – Karen Spärck Jones. Extreme Networks, 2019. Disponível em: https://www.extremenetworks.com/resources/blogs/women-who-changed-tech-karen-sparck-jones. Acesso em: 27 set. 2025.

  4. ENGINEERING AND TECHNOLOGY HISTORY WIKI. Oral-History: Karen Spärck Jones. ETHW, 2007. Disponível em: https://ethw.org/Oral-History:Karen_Sp%C3%A4rck_Jones. Acesso em: 27 set. 2025.

Histórico de Versão

Versão Data Descrição Autor Revisor
1.0 27/09/2025 Apresentação da Karen Jones Larissa Stéfane